Acabou o suspense, na manhã deste sábado. MarinaSilva, ex-ministra do Meio Ambiente no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, decidiu-se por engrossar as fileiras do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Presidida por Eduardo Campos, governador do Estado de Pernambuco, a legenda acaba de desembarcar do governo petista de Dilma Rousseff. A filiação foi divulgada após várias horas de conversa, na noite passada, concluídas na manhã deste sábado.
Marina e Eduardo Campos nutrem o desejo de se candidatarem à Presidência da República no ano que vem e as negociações apontam na direção do governador como cabeça de chapa e a ex-ministra como vice, de olho nos 19,6 milhões de votos que ela obteve na disputa presidencial de 2010. A medida mobilizou os organizadores da campanha da presidenta Dilma Rousseff à reeleição e o comitê de campanha do tucano Aécio Neves (PSDB), que visa concorrer também ao Palácio do Planalto.
Na véspera, Marina fez segredo e disse que sua decisão levaria em conta o desejo de “quebrar” a polarização política existente no país. Desde 1994, PT e PSDB são os principais antagonistas no cenário político nacional. O primeiro contato com Campos ocorreu na sexta-feira. Ele voou até Brasília, para conversar pessoalmente com a postulante a líder do partido Rede Sustentabilidade, vetado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta quinta-feira.
Após a decepção no TSE, Marina – que chegou a cogitar a distância das urnas em 2014 – começou rapidamente a se articular, após convites de oito partidos, tendo centrado seu foco no PSB e no PPS devido a dois fatores: serem duas legendas com integrantes e atuação relativamente similar à da Rede Sustentabilidade e terem já estruturas montadas nacionalmente e nos Estados. Segundo a última pesquisa do Ibope, há duas semanas, Dilma lidera a corrida para 2014. Marina vinha em segundo, antes de Aécio e Campos.
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