quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Servidores municipais da saúde de Natal aprovam greve


Paralisação começa no próximo dia 15 e será unificada junto a outras categorias do funcionalismo público municipal 
 Na manhã desta quinta-feira (10), durante assembleia, os servidores municipais da saúde de Natal aprovaram a greve da categoria. Cerca de 120 servidores lotaram o auditório do Sindsaúde-RN e disseram sim à paralisação, que começará no próximo dia 15. A data foi acertada com outros sindicatos, como o Sinsenat e o Sindas, o que dará início a uma greve unificada do funcionalismo municipal.

A coordenadora-geral do Sindsaúde-RN, Simone Dutra, falou da importância dessa unificação para a luta dos servidores: “é necessário unificar a luta, respeitando os espaços de cada sindicato, mas sabendo que na rua e na mesa de negociação estaremos todos juntos”.

Uma nova assembleia da categoria acontecerá no dia 15, às 8h30, no auditório do Sindsaúde-RN. Logo após, os servidores sairão em uma grande passeata unificada pela avenida Rio Branco (Cidade Alta), em direção à prefeitura, onde haverá um ato público.

Já no dia seguinte, 16, os servidores em greve realizarão um novo ato, dessa vez no Pronto Socorro Infantil Dra. Sandra Celeste, que está sendo ameaçado de fechar e ter seus serviços transferidos para as UPAs da Cidade da Esperança e Pajuçara. “Ao invés de abrir mais serviços para a população, a prefeitura quer diluir os serviços já existentes e fechar o único pronto atendimento infantil da cidade. E como ficam nossas crianças?”, questiona Simone.


Os servidores da saúde pedem um reajuste salarial de 27,08%, equivalente a dois anos sem aumento. Porém, em reunião com os sindicatos na sexta-feira da semana passada (4), a prefeitura só ofereceu 8%, com pagamento a partir de janeiro de 2014. O índice equivaleria aos anos de 2011 e 2012 e o valor de 2013 seria discutido a partir de janeiro de 2014, na campanha salarial do ano que vem.

O Sindsaúde-RN destacou que o índice de 8% não repõe nem mesmo a inflação do período, que é de 14,97%, segundo cálculo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O próprio governo calcula a inflação deste período em 12,24%.

O governose comprometeu a fazer o levantamento do impacto financeiro para definir o cronograma de pagamento dos quinquênios e das gratificações não implantadas. Também prometeu criar uma comissão com integrantes da prefeitura e dos sindicatos para estudar e propor soluções para os impasses ocorridos em função dos casos de auxílio doença e adicional noturno. Porém, no documento oficial entregue pela prefeitura, o governo deixa de fora grande parte dos 14 pontos da pauta de reivindicação, entre eles o cumprimento da data base e a realização de concurso público.

Autor: Comunicação Sindsaúde

http://www.sindsaudern.org.br/site2012/noticias.php?id=500

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