By admin on setembro 24, 2013
Apenas uma referência direta aos EUA na qualificação deste uso de espionagem como uma “afronta” aos direitos humanos, aos direitos civis e à soberania do Brasil. Houve as necessárias promessas de proteção nacional contra esta intrusão e clamores por um marco multilateral de governança da Internet. Não custa lembrar que os cinco países com poder de veto no Conselho de Segurança da ONU (EUA, Rússia,China, Grã-Bretanha e França) são campeões de espionagem.
De resto, o discurso de Dilma Rousseff, 23 minutos, repetiu as lorotas eleitorais sobre as benesses do seu governo, empenho por reformas, respeito às vozes nas ruas, esforços para superar adversidades no cenário econômico global, além de algumas generalidades sobre necessidade de paz e a situação política mundial. Confesso que, depois das denúncias de Dilma contra a espionagem, eu não acompanhei mais com muita atenção a tortura retórica. No geral, tolerável. No ano que vem, tem mais do mesmo na assembleia geral. Vamos esperar que seja diferente em 2015, sem a presidenta no pódio de Nova York.”
Caio Blinder é jornalista e apresentador do programa de televisão Manhattan Connection, transmitido pelo canal Globo News*
http://www.dilmabolada.com.br/dilma-e-a-sessao-de-tortura-global-por-caio-blinder/
Hoje ficou claro o que quase todo o mundo já sabia. A polêmica de Dilma para com Obama era apenas uma jogada eleitoral. Diante de 193 países-membros, Dilma fez um discurso não para eles, mas, sim, para os brasileiros. Nada além de um discurso eleitoral. Nada mais do que isso.
“As Nações Unidas têm 193 países-membros e o Brasil tem o privilégio de abrir a sessão de tortura que são os debates da assembleia-geral (coitados dos jornalistas que precisam cobrir o evento). Até que não foi tão penoso o pronunciamento de Dilma Rousseff nesta terça-feira, dirigido basicamente aos brasileiros e brasileiros e não à plateia global. Como se esperava, o foco foi o aborrecimento patriótico com a espionagem dos EUA no país. A presidente, no entanto, não foi histriônica e evitou a personalização (o presidente Obama, com o qual ela não terá mais a reunião oficial em 23 de outubro, em Washington).
Apenas uma referência direta aos EUA na qualificação deste uso de espionagem como uma “afronta” aos direitos humanos, aos direitos civis e à soberania do Brasil. Houve as necessárias promessas de proteção nacional contra esta intrusão e clamores por um marco multilateral de governança da Internet. Não custa lembrar que os cinco países com poder de veto no Conselho de Segurança da ONU (EUA, Rússia,China, Grã-Bretanha e França) são campeões de espionagem.
De resto, o discurso de Dilma Rousseff, 23 minutos, repetiu as lorotas eleitorais sobre as benesses do seu governo, empenho por reformas, respeito às vozes nas ruas, esforços para superar adversidades no cenário econômico global, além de algumas generalidades sobre necessidade de paz e a situação política mundial. Confesso que, depois das denúncias de Dilma contra a espionagem, eu não acompanhei mais com muita atenção a tortura retórica. No geral, tolerável. No ano que vem, tem mais do mesmo na assembleia geral. Vamos esperar que seja diferente em 2015, sem a presidenta no pódio de Nova York.”
Caio Blinder é jornalista e apresentador do programa de televisão Manhattan Connection, transmitido pelo canal Globo News*
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