terça-feira, 1 de outubro de 2013

'Agressão e truculência', diz jornalista presa em protesto na Câmara de Natal

01/10/2013 17h12 - Atualizado em 01/10/2013 19h12
Catarina Santos conta que ainda não sabe o motivo de sua prisão.
Confusão aconteceu do lado de fora da Casa Legislativa nesta terça (1º).

Do G1 RN

"Até agora não me foi dito porque fui presa", questiona jornalista Catarina Santos (Foto: João Paulo Silva)

"Agressão e truculência da Guarda Municipal e da Polícia Militar". Assim a jornalista Catarina Santos resumiu as circustâncias nas quais foi presa durante o protesto que acontece nesta terça-feira (1) na Câmara Municipal de Natal. A confusão terminou com dois detidos, um homem e uma mulher, e um adolescente apreendido, além de pessoas feridas e um carro da PM danificado. A manifestação na CMN pede a aprovação do projeto de lei que institui o passe livre para estudantes no transporte público da capital potiguar.

Levada para a delegacia de Plantão da zona Sul, Catarina Santos relata que teve o queixo empurrado por um guarda legislativo quando pedia para entrar na Câmara Municipal. "Pedi acesso como imprensa e me foi dito que não, enquanto outras pessoas entraram. Manifestantes do MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas) e do Movimento Passe Livre, entre outros, também tiveram a entrada negada", contou.

O empurrão dado pelo guarda provocou a reação de manifestantes. A Polícia Militar interviu e a confusão se formou. "A polícia atirou com balas de borracha, usou spray de pimenta e bateu com cassetetes porque os manifestantes pediam a identificação dos policiais", reforçou Catarina.

A jornalista afirmou ainda que, no momento em que foi presa, pedia a identificação de um policial militar quando foi levada por cinco PMs até a guarnição. "Até agora não me foi dito porque fui presa", acrescentou. Catarina se encontra na Delegacia de Plantão da zona Sul, onde aguarda para prestar depoimento sobre o ocorrido.

Também detido pela PM, o estudante de Ciências Sociais Mariano Lúcio conta que os guardas da Câmara Municipal agrediram os manifestantes para afastá-los da entrada da Casa Legislativa. Na confusão, um adolescente foi apreendido, segundo o estudante de Ciências Sociais. "Houve pressão para a polícia liberar ele. A PM chegou e um policial descontrolado apareceu ameçando atirar a queima roupa com uma arma longa", diz.

Lúcio acrescenta que depois do ocorrido procurou saber quem estava no comando da operação e acabou detido. "Me algemaram e levaram para o carro. Não sei porque estou preso", conclui.

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